Algumas pessoas têm os ouvidos “resistentes”, ou seja, eles aguentam qualquer carga de som sem reclamarem nem sofrerem lesões. MUITAS outras pessoas têm ouvidos sensíveis, que já “reclamam” da presença de sons altos com zumbido, sensação de abafamento e até a perda auditiva. Aprendi com uma pesquisa sobre adolescentes, em 2011, que o fato de sair de um local barulhento com zumbido e/ou ouvido tampado e melhorar no dia seguinte NÃO É NORMAL, não… pelo contrário, esse já é o PRIMEIRO SINAL de vulnerabilidade dos ouvidos.
Você já vivenciou algum momento de alegria que lhe causou efeitos colaterais? Isso é muito comum nas partidas de futebol, sejam elas na Copa do Mundo ou em qualquer campeonato menor e até em jogos amistosos.
A cada gol, a cada vitória, a alegria vem acompanhada de fogos de artifícios, rojões, apitos, vuvuzelas, cornetas e toda a parafernália “em verde e amarelo”, além dos gritos. Se você tem ouvidos resistentes, deve adorar isso… mas se eles são sensíveis e você nem sabe disso, PREPARE-SE PARA OS EFEITOS COLATERAIS dessa alegria: o risco de lesão definitiva nos ouvidos.
O ruído estraga os ouvidos dependendo de TRÊS fatores:
1-O volume do ruído – definitivamente os sons dos estádios estão altos demais!
2-O tempo de permanência nesse ruído – o jogo tem uma hora e meia, mas a preparação também é barulhenta, assim como o intervalo e a comemoração pós jogo. Isso aumenta a exposição para um mínimo de 3-4 horas consecutivas com volume alto. Quanto maior o tempo de exposição, maior o risco de lesão.
3-A resistência ou a vulnerabilidade de cada ouvido aos mesmos ruídos – quem é mais sensível, tende a sair desses locais com zumbido ou ouvido tampado. Como comentado antes, o zumbido é um dos primeiros sinais de fragilidade do ouvido a sons, ou seja, quanto mais se expõe, maior a chance de lesar definitivamente.
Se você adora um estádio de futebol, nossa recomendação é: divirta-se, participe, mas leve protetores de ouvido e descanse da barulheira em locais silenciosos de tempos em tempos. Se perceber que depois de algum jogo “sobrou” um zumbido até o dia seguinte, procure um otorrinolaringologista para iniciar tratamento medicamento antes mesmo de acabar o campeonato. O tratamento precoce ainda é o melhor que existe para chegarmos mais perto da cura ou de uma melhora significativa.
Tenha uma noção da intensidade de sons que foram medidos em um ambiente aberto em 2014, que podem estimar as medidas de um estádio
Gols do Brasil: 110 dB a 115 dB
Corneta vendida nos arredores: 106 dB
Torcedores cantando “Sou brasileiro”: 100 dB
Torcedores cantando “O campeão voltou”: 98 dB
Torcedores batendo palmas: 90 dB
Durante o jogo: 85 dB a 90 dB
Antes do início do jogo: 75 dB a 80 dB
Para comparar:
Turbina de avião a jato: 140 dB
Show de rock: 105 dB a 120 dB
Avião (com motor não a jato): 115 dB
Serra elétrica: 110 dB
Furadeira: 100 dB
Rua com tráfego intenso: 85 a 90 dB
Aspirador de pó: 85 dB
Professor dando aula: 70 dB
Conversa em volume normal: 60 dB
Falar sussurrando: 20 dB
Fonte: Faculdade de Engenharia da Unesp
O Instituto Ganz Sanchez disponibiliza um material GRATUITO e de qualidade para ajudar quem sofre com zumbido e hipersensibilidades auditivas (misofonia e hiperacusia) e também os seus familiares.
Esse material inclui vídeos e posts sobre curiosidades, aulas, dicas, depoimentos da pesquisa de cura do zumbido e lives do G.A.N.Z. (Grupo de Apoio Nacional a pessoas com Zumbido).
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